sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Não peça pra ser livre (Já comecei de trocadilho)

 Aqui em Curitiba existem esses eventos em que só vão jovens que querem fugir dos pais para fazer merda. Matsuri e Largo Da Ordem são os pontos preferidos da moçada (não me excluo, já brinquei bastante nesses lugares, cof cof.). Enfim, fui no mercado comprar pão e mais guloseimas para me manter vivo, como de costume. Moro perto do Museu Oscar Nyemeyer (MON, e foda-se a grafia correta), então frequentemente vejo os tais jovens correndo para o mercadinho para comprar bebida. Me dá até uma certa nostalgia. A questão é: É muito fácil comprar bebida. Sério, meninos de 14 anos passam pelo caixa como se estivessem comprando chocolate, junto com a cara da atendente que finge que nem percebe. Os caras tem que ganhar dinheiro, não é? É, é sim.
 Eu estava comprando azeite de oliva e pensando num Bacalhau frito quando vi uns meninos de 15, 16 anos entrando no mercado fazendo uma certa algazarra. Eram três, sendo que o que parecia mais velho era o mandante da matilha e o que parecia mais novo certamente nunca comprou álcool na vida. Quase rolei de rir enquanto discutiam sobre qual vodka era melhor e qual deixavam as "mina" bêbadas mais rápido.
Procedimento padrão. Iriam passar pelo caixa com o cu na mão e a atendente iria fingir que não viu que eles eram moleques espinhentos com a esperança de deixar uma menina bêbada e provavelmente usar do artifício para beijar na primeira vez na vida. Mas o mais baixinho resolveu abrir a boca. E aí saíram umas palavras... Umas palavras, oh meus irmãos;;;
 "E me vê um Free, também." - Mexeu comigo. Mexeu com a mulher do balcão. Mexeu com o leitor que tá aí no conforto de sua casa. Qualé. QUALÉ?
 Me enfezei. A mulher sentiu a pressão espiritual exercida por minha pessoa e deu uma olhada de cabo a rabo no menino. Aqui não, ela deve ter pensado. Mandou os meninos irem pastar e os tirou do mercadinho sem o "gole" nem nada. 
 Eu já estava dando pontapés no chão de tanto rir internamente. Passei no caixa e é claro que puxei assunto sobre o caso.
- E esses moleques, hein? - Falei com aquele sorriso de canto de boca que só minha pessoa sabe executar.
- Esses fidaputa vem aqui na marra, já tô fazendo um favor preces cretino de vendê bebida que não pode e eles ainda pede cigarro, ah pelo amor de deus, aí não né, tem que mandar embora mesmo, não pode acomodar esses miseráver.
 Comprei um Lucky Strike e saí risadeando por aí. Fiz questão de acender um na frente dos meninos, que estavam explicando a situação pra uma menina, bonitinha até, na frente do mercado. Se tivessem pego ela no álcool, ia ser um puta lucro. Entrei no carro e fui pra casa, tanto faz.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Saturday Night Live, mas numa Quinta-Feira.

Me sinto na obrigação de me apresentar, já que é o primeiro post. Bom, sou o Jovem Senhor, tenho uns 20 e poucos anos, trabalho para caramba, não tenho filhos, fumo pra caralho e não dou a mínima. Moro num apê fodido em Curitiba, mas vivo viajando.
É, essa é minha vida. E a sua? Oh, espero não estar sendo muito intrusivo. A proposta desse blog? Nem te interessa, na verdade. Não me interessa também, mas talvez seja interessante. 
Discutiremos sobre minha vida, música, merda, minhas histórias e cigarros. Caralho, como eu amo aqueles tubinhos de câncer. É, só isso, assina isso aí e vê a mágica acontecer.